Xamanismo é um conjunto de crenças ancestrais – espiritual/religiosa – que busca a força interior e seu reencontro com os ensinamentos em que a natureza, os animais, as plantas, as pedras, o universo e o planeta são vistos como sagrados, divindade ou espíritos de luz. Para os adeptos do xamanismo, a cura para todos os males está dentro de cada ser e somente a pessoa cura a si mesma, englobando também, evocações para estabelecer contato com o mundo espiritual.
O xamanismo é uma percepção religiosa que confere ao xamã (palavra originária de um povo siberiano, os tungus e em tupi-guarani a palavra designa o pai’é, grafada em português como pajé), a capacidade de entrar em transe e se conectar com o mundo espiritual. Essa conexão o capacita para curar doenças, influenciar a natureza, facilitar a caça, adivinhar segredos, predizer o futuro, afastar o mal ou exercer funções de um sacerdote.
O xamã é o líder espiritual em quem as comunidades reconhecem capacidades sobrenaturais. É uma figura poderosa que estabelece uma ponte entre o mundo natural e o espiritual. A ele são atribuídos poderes de magia, profecia e cura.
Esse conjunto de práticas se transformou em uma filosofia de vida, através da qual as pessoas buscam equilíbrio, conhecimento, tranquilidade, bem-estar físico e espiritual. A sabedoria milenar e os ensinamentos passados através de gerações levam o praticante a experimentar uma transformação interior.
Atualmente, pode-se afirmar que o xamanismo se divide em duas escolas: o xamanismo tradicional, que segue as tradições nativas de cada local, e o neoxamanismo, que adapta práticas terapêuticas de linhas diversas, de ancestrais e indíginas de vários países a uma realidade urbana.
Quantos aos casamentos indígenas e seus ritos, variam muito de tribo para tribo. A maioria das tribos são monogâmicas, entretanto os antigos tupinambás e os atuais xavantes admitem a poligamia.
Alguns seguem a tradição de casamento grupal e outros permitem que se casem com membros da própria família.
Nas crenças indígenas, tanto o homem quanto a mulher só estarão preparados para o casamento se passarem por rituais que comprovem que eles são realmente adultos.
Não é hábito dos indígenas namorarem, uma vez adultos, casam-se com a iniciativa dos pais da noiva, normalmente.
No dia da cerimônia, pinturas são feitas com urucum, barro e argila, não só nos noivos, mas também nos convidados e parentes e suas vestes são enfeitadas com elementos da natureza como flores, penas e sementes.
A cerimônia acontece normalmente ao ar livre ou no Quijeme (oca onde é realizada a cerimônia) com muito incenso de ervas, na presença de um lider espiritual ou ancião.
Antes da cerimônia, o pajé benze o local para purificar as almas, espantar os maus espíritos e fortalecer a união do casal.
É comum também, na hora de trocar as alianças, os índios trocarem os cocás e compartilharem o cauí, uma bebida feita com mandioca fermentada.
Como parte da cerimônia indígena, é levado ao casal ainda jovem um paparuto – alimento típico da tribo Krahô-, que tem a finalidade de ser entregue e trocado entre os pais de ambas as famílias. A troca dos paparutos ocorre até o nascimento do primeiro filho do casal. Isso demonstra que a cerimônia indígena – o casamento ao ar livre, ritos de passagem, entre outros – dura muito mais do que uma noite.
O dia da celebração do casamento em si, é repleto de música e danças típicas, feitas por todos os membros da tribo em volta do casal. Os recém-casados são iluminados por uma fogueira, que desperta um clarão na escuridão da noite.
Em algumas tribos como os Kaiowas ou dos Tamoios, os anciãos preparam uma resina colorida para o dia da cerimônia, que é aplicada nos braços da noiva simbolizando a passagem para uma nova fase em sua vida.
REFERÊNCIAS
SIGNIFICADOS.COM.BR / mundo
DICIONÁRIO OXFORD LANGUAGES
zankyou.com.br
casamentos.com
g1.globo.com/bahia/notícia
wemystic.com.br
A Umbanda é uma religião monoteísta e afro-brasileira, surgida em 1908, fundada por Zélio Fernandino de Moraes.
Baseia-se em três 3 conceitos fundamentais: Luz, Caridade e Amor.
A palavra “umbanda” pertence ao vocabulário quimbundo, de Angola, e quer dizer “arte de curar”.
Origem da umbanda
A umbanda é uma religião surgida nos subúrbios do Rio de Janeiro.
Em 15 de novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, nascido em São Gonçalo/RJ, teria incorporado o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Este espírito o teria ajudado a criar a religião de Umbanda.
Rapidamente, ela se espalhou por todo Brasil e outros países da América Latina.
Suas crenças misturam elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo. Por isso, para muitos estudiosos, a Umbanda seria uma espécie de candomblé sem sacrifícios de animais, algo que seria mais aceito pela população branca e urbana da época.
Ainda adquiriu conceitos do kardecismo, que estava chegando ao país, como o de “evolução” e “reencarnação”.
Também tem Jesus como referência espiritual e é possível encontrar sua imagem em lugar destacado nos altares das casas ou de terreiros de umbanda.
Local de culto da umbanda
O local para a realização das cerimônias da umbanda chama-se Casa, Terreiro ou Barracão. Igualmente, são feitas várias celebrações ao ar livre, junto à natureza, em rios, cachoeiras ou na praia.
Essas cerimônias são presididas por um “pai” ou “mãe”, um sacerdote que dirige os ritos e comanda a casa. Também é responsável por ensinar a doutrina e os segredos da umbanda aos seus discípulos.
Os orixás encontrados na Umbanda são: Oxalá, Xangô, Iemanjá, Ogum e Oxossi, Oxum, Iansã, Omulú e Nanã.
Aqui listamos as principais entidades que se manifestam na Umbanda.
Caboclos: espíritos de índios que voltam ao mundo terreno para ajudar pessoas com problemas de saúde.
Pretos velhos: pessoas trazidas da África para serem escravizados no Brasil. Apesar de terem sofrido em vida, agora são espíritos ditos evoluídos que dão ótimos conselhos a quem os procuram.
Baianos: pessoas que viveram na Bahia e que escolheram serem guias e ajudar a quem precisa. Trabalham com emprego, saúde, força moral.
Marinheiros/Marujos: em algumas regiões, essa linha não existe. Trabalham com limpeza psicológica, física, espiritual, e sempre falam a verdade. Estão sempre balançando porque vem do mar; tiveram uma vida sofrida, mas de muito aprendizado.
Erês: são os espíritos infantis. Risonhos, adoram brincar. Consolam os aflitos, os pais e mães e, às vezes, cometem algumas travessuras.
Malandros: são aquelas pessoas tiveram que usar de sua esperteza para sobreviver. Um dos mais conhecidos é Zé Pelintra. Ficou órfão de pai e mãe e, para sobreviver, começou a realizar pequenos roubos e trapaças. Cuida das mulheres viciadas, das maltratadas, das prostitutas, esquecidas.
Pomba-gira: são mulheres que em vida lutaram contra a situação opressora feminina e por isso, agora ajudam àquelas que passam por problemas. Uma delas foi Maria Padilha, amante do rei Dom Pedro I de Castela (1334-1369), retratada como mulher sensual, bem-vestida e sedutora.
Há também outras entidades como os Boiadeiros, Orientais, Ciganos etc.
Para exercer o trabalho espiritual, os responsáveis pela ligação entre o mundo espiritual e material, os médiuns, irão receber (incorporar) estas entidades e assim ajudar o consulente.
Deste modo, percebemos que a Umbanda alcança um equilíbrio entre o sincretismo e as religiões afro-brasileiras.
Cerimônias da umbanda
Nestes locais realizam-se sessões de “passe”, em que a entidade reorganiza o “campo energético astral” da pessoa.
Igualmente são feitas sessões de “descarrego”, quando é captada a energia negativa da pessoa e transferida para os fundamentos do templo. Note que não é permitido qualquer tipo de remuneração por esses trabalhos espirituais.
As vestes mais usadas nestas cerimônias são brancas, porque essa é a cor neutra que agrada todos os orixás e guias.
Na Umbanda não se pratica o sacrifício de animais e se celebra rituais de batizado, consagração e casamento.
Pontos de umbanda
Os pontos de umbanda são cantigas para louvar, chamar e se despedir do orixá e as linhas de entidades.
Acompanhadas por instrumentos de percussão como o atabaque, é importante conhecer o ritmo de cada orixá/entidade. Este aprendizado começa na infância do iniciado. Igualmente, é preciso saber uma infinidade de canções.
Os pontos de umbanda e do candomblé influenciaram diretamente a música popular brasileira através de sua musicalidade e o uso dos instrumentos.
Símbolos da Umbanda
Símbolos de Exu, o mensageiro entre o mundo terreno e espiritual
Antes de iniciar as cerimônias na Umbanda é comum uma pessoa iniciada riscar o chão com símbolos diversos: estrelas, cruzes, tridentes, traços retos ou curvos, etc.
Estes podem variar conforme a casa de Umbanda, mas o sentido é o mesmo: chamar as entidades que vão ser trabalhadas, garantir a chegada dos guias a serem incorporados, homenagear os orixás, trazer bons fluidos e energias aos participantes.
É preciso observar que estes traços são apenas alguns dos muitos símbolos que existem na Umbanda.
Crenças da umbanda
A umbanda é uma religião monoteísta, onde existe o conceito de um Deus supremo, denominado “Olorum” ou “Oxalá”. Creem na imortalidade da alma, na reencarnação e nas leis kármicas.
Acreditam em orixás, personificações de elementos da natureza e de energia, e em guias espirituais, que podem se incorporar durante certas cerimônias e vir à Terra para ajudar as pessoas que necessitam.
Os guias são denominados “entidades” e cada orixá possui uma linha de entidades que o auxilia.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br
texto: Juliana Bezerra (professora de História.
Pesquisa: Mirian Brizard
A cerimônia de casamento na Umbanda
O casamento é momento muito especial na religião umbandista, pois é o momento sagrado em que duas pessoas que se amam inicia um novo ciclo para constituir família confira algumas dicas e sugestões para realizar o seu casamento perfeito:
O casamento é um momento muito importante para os casais, pois é a realização de um sonho de constituir família e serem reconhecidos pela comunidade em que vivem. Para as pessoas que seguem o umbandista há uma importância ainda maior: é iniciar um novo ciclo em suas vidas.
Para os umbandistas há diversas tradições a serem seguidas como outras religiões, catolicismo e judaísmo.
A cerimônia ocorre no terreiro em que os noivos frequentam. A cerimônia é conduzida pelo líder religioso (o Pai de Santo). Ele entra em conjunto com um auxiliar tocando um sino, depois dos padrinhos. Por último, há entrada do noivo e seguido depois da noiva. Depois inicia-se a celebração com cânticos, leituras e ao final são abençoadas pelo Pai de Santo.
Ao contrário de outras cerimônias, é servido duas bebidas durante a cerimônia: uma doce em uma ilusão a felicidade e as coisas boas da vida e uma amarga sobre as dificuldades que podem surgir durante a vida do casal.
O interessante do casamento na umbanda é que muitos dos costumes são conhecidos em outras religiões. A adoção de padrinhos, por exemplo, também existe por lá, bem como o vestido branco, entrada de um por um e benção. As preces também lembram bastante as rezas da Igreja católica e alguns santos são até os mesmos! O sincretismo na umbanda é uma forte característica em sua criação.
Casar na umbanda é simples e assim como numa igreja, o terreiro (ou espaço na natureza) pode ser decorado de acordo com a vontade dos noivos, respeitando alguns princípios orientados pelo sacerdote da casa. Em conversa com alguns pais de santos, percebi que há algumas diferenças de casas para casas, até mesmo com questões que mudam de acordo com o estado.
A cerimônia da umbanda é abençoada pelos elementos da natureza. Serve para pedir a benção a Deus para o novo casal. É um evento curto, que não dura mais de meia hora, sendo rápido e preciso e convidados de outras religiões podem participar sem problemas.
Todos devem trajar branco, como sempre. Os noivos precisam usar uma fita com a cor do orixá regente e caso um do casal não seja da umbanda, será feita uma cerimônia para que se descubra quem é seu orixá para que haja a devida caracterização no dia.
A cerimônia começa com a entrada dos padrinhos, um para cada noivo. Em seguida entram o pai de santo e sua ajudante, com sinos nas mãos sendo tocados até chegar ao altar. Depois entram noivo e noiva, um de cada vez, e ficam ao centro de uma roda.
Quem conduz o casamento é o guia chefe da casa. Em geral, preto-velho ou caboclo, mas qualquer outra entidade pode fazer a benção. Exus não participam de casamentos. Seu casamento pode ser temático: no mato, na praia, casamento cigano, etc. Se trata de uma grande festa e é comum os umbandistas optarem por algo que remeta à energia de um ou dois noivos.
Com o espaço devidamente decorado (flores, ornamentos de acordo com os orixás do casal) e o caminho até o altar coberto com pétalas de flores, é preciso cuidar do conga.
Nele, devemos ter elementos que vibrem na energia do amor, da paz e da união. A gira é aberta normalmente, com o hino e defumação. Convoca-se então as energias de oxalá, iemanjá, oxum e oxumaré, que vão abençoar os pombinhos, com a ajuda do guia chefe.
A festa se encerra com uma linda chuva de flores ou caminho de espadas de são jorge para proteger os recém-casados. E a atabaque come solta até o fim do evento.
Há uma troca de alianças como no catolicismo, mas estas são abençoadas por oxalá antes com a evocação das forças dos santos antes de colocar nos noivos. Todos devem cantar juntos pedindo a iluminação do casal.
O noivo, então, pode beijar a noiva e seguir com a festa.
Durante a cerimônia, há cânticos próprios da religião a serem entoados por todos. Mas os noivos podem colocar músicas durante a entrada dos noivos, dos padrinhos e troca de alianças e ao final. É comum serem usadas a marcha nupcial e a canção de Ave Maria na entrada da noiva, mas os noivos são livres para tocar o que quiserem
Fonte: https://casadedois.com.br/blog
Pesquisado: Mirian Brizard
A Igreja Presbiteriana é uma denominação protestante em que cada igreja é liderada por um conjunto de presbíteros (líderes ou anciãos). Os ensinamentos da Igreja Presbiteriana se baseiam no Calvinismo. Muitas igrejas presbiterianas também são conhecidas como igrejas reformadas.
A Igreja Presbiteriana foi fundada nos ensinamentos de João Calvino, um dos grandes líderes da Reforma Protestante. Começando na Inglaterra e na Escócia, a Igreja Presbiteriana depois se espalhou pelo mundo.
No Brasil, o presbiterianismo está dividido em várias denominações (Igrejas Presbiterianas Independente, Regular, Renovada, Fundamentalista). O mais expressivo destas é a Igreja Presbiteriana do Brasil que foi fundada em 1862 pelo missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867) e está presente em Pernambuco desde o final do século XIX.
Principais crenças
A Igreja Presbiteriana do Brasil adota a Confissão de Fé de Westminster, assim como as crenças básicas aceitas pelo cristianismo protestante, com destaque para as Sagradas Escrituras como Palavra de Deus, a doutrina da Trindade e Unidade de Deus, a necessidade de arrependimento, a justificação pela fé e a perseverança dos santos.
• Crê em um só Deus, criador de todas as coisas, que é uma Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo .
• Que a Bíblia é a palavra de Deus e o único fundamento para toda crença – 2 Timóteo 3:16-17
• Que todos pecaram e merecem castigo eterno – Romanos 3:23-24
• Que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia – 1 Coríntios 15:3-5
• Na salvação pela fé em Jesus como salvador – Efésios 2:8-9
• Na predestinação, que ensina que Deus já escolheu quem será salvo (ou “eleito”) e Sua graça não pode ser rejeitada por quem foi escolhido – leia aqui: o que é a predestinação?
• Que o batismo e a Santa Ceia são sacramentos que conferem a graça de Deus aos que crêem
• Que Jesus voltará, os mortos serão julgados e os eleitos terão a vida eterna – 1 Tessalonicenses 4:16-17
Casamento Presbiteriano
“O casamento é uma ideia de Deus e uma dádiva aos homens. Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança. Também instituiu o casamento para a felicidade de ambos. No casamento marido e mulher se tornam uma só carne. Somente a morte deve por um ponto final nessa relação de amor, respeito e fidelidade. Nessa aliança de afeto não deve existir competição, mas complementação. Marido e mulher não atacam um ao outro, mas defendem um ao outro. Não buscam no casamento a satisfação de si mesmo, mas altruisticamente, buscam, com primazia, a felicidade do cônjuge amado.”
Pr. Arival Dias Casimiro (Orando pela cidade – programa 8 – tema: Casamento)
A habilitação para o casamento religioso na Igreja Presbiteriana, é semelhante à da Igreja Católica. Contudo, existem alguns detalhes importantes: não há cursos para os noivos.
O pastor realiza uma entrevista prévia com o casal, para sentir o grau da maturidade e responsabilidade de ambos em relação ao compromisso que irão assumir. Espera-se que exista um sentimento de fé e confiança em Deus, mas não é obrigatório professar a religião Presbiteriana. Os noivos podem inclusive, seguir religiões diferentes.
O casamento de divorciados é permitido, desde que a documentação comprove estar a situação legal e devidamente concluída.
A ornamentação, a música e o local da cerimônia religiosa, ficam a critério dos noivos, entregues ao seu bom gosto.
Os noivos podem optar em fazer o casamento civil e religioso na mesma ocasião.
REFERÊNCIAS
– www1.unicap.br
-https://portalnoivas.com.br/post/casamento-presbiteriano/
– https://www.respostas.com.br/o-que-e-a-igreja-presbiteriana/
– https://www.ippinheiros.org.br/radio/casamento-ep-08/
Origem
A CONGREGAÇÃO CRISTà tem origem com um pequeno grupo de evangélicos italianos que, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América, no ano de 1904, passou a se reunir em suas casas, buscando seguir os ensinamentos bíblicos cristãos. Com o aumento do número de pessoas professando os mesmos princípios de adoração a Deus e não havendo locais particulares em que fosse possível reunir-se, foi necessário adquirir-se locais para esse fim, havendo, a partir de então, a necessidade de se criar instituição com personalidade jurídica para poder legalizar as reuniões e a propriedade desses imóveis. Assim, essa entidade recebeu o nome de “CONGREGAÇÃO CRISTÔ, que significa reunião de pessoas com os mesmos valores espirituais cristãos de adoração a Deus.
No Brasil, a igreja foi fundada no ano de 1910, no Paraná, pelo italiano Louis Francescon e passou a denominar-se CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO Brasil (ou, simplesmente, CCB). A CCB conta com mais de 2,3 milhões de membros estimados pelo Censo 2010 e aproximadamente mais de 20 000 templos espalhados pelas cinco regiões brasileiras. Atualmente a Congregação é a 2ª maior denominação protestante no Brasil por número de membros.
A congregação acredita e aceita o Velho Testamento, porém sua doutrina é totalmente fundamentada na doutrina e Fé apostólicas contidas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada. A receita da igreja advém de ofertas voluntárias e anônimas, cujos valores devem ser aplicados integralmente nas finalidades para as quais foram oferecidas. É vedada qualquer espécie de remuneração ou retribuição pelo exercício de atividades religiosas ou pela ministração de serviços espirituais ou sacramentos. A igreja não tem qualquer vínculo com partidos ou ideologias políticas e os integrantes de cargos espirituais ou de administração não devem aceitar cargos ou encargos políticos.
Sistema Organizacional:
I- Ancião: é a pessoa mais velha do ministério, não somente pela idade, mas pelo tempo que aderiu às tradições da fé. Sua escolha é feita por meio de orações a Deus, pedindo a indicação de quem está destinado a ocupar essa posição. É o responsável pelo atendimento geral da obra, pelos cultos e pelos serviços sagrados de batismo e santa ceia..
II- Diácono: É responsável pelas compras e pelo atendimento as famílias que estão em situações de vulnerabilidade. Dão assistência às casas de oração quanto ao recebimento de coletas e ofertas e à remessa dos valores que devem ser depositados em estabelecimentos bancários, bem como aplicar aquelas destinadas às obras de caridade (chamadas de Obras da Piedade) e viagens missionárias
III- Cooperador do Ofício Ministerial: responsável pela presidência dos cultos, pela cooperação nos ensinamentos.
IV- Cooperador de Jovens e Menores- Responsável de atender os cultos de jovens e menores.
Assim como na maioria das religiões, não são permitidos cargos de liderança femininas nas esferas religiosas da CCB. .Às mulheres reservam-se, apenas, o dom de línguas, a oração e o trabalho voluntário auxiliando os diáconos nas obras de caridade, juntamente aos mais necessitados.
Alguns pontos da Doutrina
1. Crença na Bíblia Sagrada , aceitando-a como contendo a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, sendo a perfeita guia da fé e conduta e único caminho para a salvação.
2. Crença em um único Deus, de infinito poder, Criador de todas as coisas, em cuja unidade estão o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
3. Crença de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, assumiu uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana;
4. Crença na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos que, junto a ele, serão punidos no fogo eterno.
5. Crença que o novo nascimento e a regeneração só se recebem pela fé em Jesus Cristo, os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas.
6. Crença no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
7. Crença no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o Espírito Santo concede que se fale.
8. Crença que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares e assim estaremos sempre com o Senhor.
9. Crença de que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
– Nos templos da CCB não há imagens , quadros, cruz ou representações do divino, apenas um púlpito, o lugar onde se fala, o que demonstra que privilegiam a palavra. Há também a presença da frase “Em nome do Senhor Jesus”, uma tradição dos fundadores da igreja. Os membros da Congregação Cristã do Brasil acreditam que o divino não pode ser representado, pois isso seria idolatria.
– Com intenção de manter, durante o culto, a separação de homens e mulheres, a arquitetura dos templos da CCB segue um padrão que direciona os congregados ao seu interior por lados distintos:
Geralmente, os homens adentram pelo lado direito e as mulheres pelo lado esquerdo. Dentro da nave da igreja, o lado esquerdo é reservado para as mulheres e o direito, para os homens. A intenção dessa separação por sexo, segundo os congregados, é evitar os olhares maliciosos, os toques mal intencionados e não desviar a atenção dos irmãos e irmãs, mantendo a concentração na palavra.
– A oração e a pregação, na CCB não é escolhida nem preparada com antecedência. Não se usam orações prontas ou decoradas. Espera-se que a oração seja inspirada pelo Espírito Santo durante o culto O Espírito Santo é considerado o grande motivador de todas as ações da ‘irmandade’. É Ele quem indica os escolhidos para receberem ajuda da ‘piedade’, é Ele quem indica quem pregará a Palavra, é Ele quem mobiliza o crente à dar testemunhos e qual será o próximo hino a ser cantado pela congregação”.
– As orações devem ser feitas de joelhos, demonstrando a reverência devida a Deus. Durante as orações os fiéis dão graças em voz alta, com frases como : “Louvado seja o nome de Jesus! Santo Deus!
Aleluia! Glória a Deus! ”.
– No ideário protestante existem dois mundos paralelos – o mundo profano, repleto de tentações do maligno (a festa do mundo, a música do mundo, a literatura do mundo…) e um outro mundo, o sagrado, pertencente àqueles(as) que buscam “viver na santidade”.
– As mulheres da Congregação usam apenas saias ou vestidos. Para os(as) cecebeianos (as), a calça favorece o delineamento das partes íntimas, o que incita olhares masculinos. As mulheres não devem usar pinturas, nem depilar as sobrancelhas ou tingir os cabelos, nem exibirem joias. Devem ter os cabelos crescidos, conforme a Palavra. Vestidos decotados, sem mangas, saias curtas ou abertas, roupas transparentes ou modelos indecorosos não devem fazer parte dos costumes das servas de Deus, que não devem ser sensuais.
– O costume do uso do véu pelas mulheres advém de uma passagem bíblica difundida entre os(as) fiéis da CCB e aceito, sem resistência, pelas mulheres, que diz que “toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada” (1Coríntios 11: 3-10). Nenhuma mulher da CCB ora sem véu, que deve ser simples, sem grandes enfeites.
– Após o culto, é adotado a prática do “beijo santo” (ou ósculo santo) entre os que congregaram, como uma forma de saudação, indicando comunhão e amizade. No princípio, o beijo era dado indistintamente entre homens e mulheres. Com o tempo, pessoas mal intencionadas perceberam que poderiam tirar proveito desse momento, assediando as mulheres. A partir daí o Ministério, por uma questão de prudência, considerou que seria melhor o ósculo apenas entre varões e entre varoas, separadamente.
O CASAMENTO NA CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL
Um dos pontos da tradição da CCB é o fato de não se realizar cerimônias de casamento dentro da Congregação. Em assembleia geral realizada em 1936, para definir-se os ensinamentos da doutrina, ficou acertado que a Congregação não admite cerimônias religiosas em casamento, a não ser uma oração, que poderá ser feita por qualquer irmão presente, quando não houver ancião, cooperador ou diácono, pois isso não faz parte do ministério.
Para eles, o casamento foi instituído por Deus e o mais lógico é que, se um casal cristão vai se casar, o foco dele seja a glória do nome de Deus e não necessariamente a beleza dos noivos ou mesmo da cerimônia. O casal deve estar consciente de que Deus é o único que pode abençoar a união e que só Ele permite que duas pessoas bem diferentes possam ficar juntas e formar uma família.
Com isso, a maioria dos casais membros da Congregação Cristã do Brasil fazem apenas o casamento civil, no cartório, ou convidando o Juiz de Paz para se dirigir até o salão, procedimento que é chamada de casamento em diligência.
Alguns noivos preferem fazer a parte burocrática no cartório e contratam um celebrante de casamentos para fazer uma cerimônia social, que busca falar sobre família, amor, troca das alianças e, que pode ter a participação de alguém da igreja, fazendo uma oração. Quando essa oração ocorre, as mulheres da religião colocam seu véu e o cinegrafista do casamento deve desligar a câmera, porque não é permitido gravar esse momento.
Conforme as tradições da Congregação, o casal só está efetivamente casado quando estiver com a Certidão de Casamento em mãos, sendo que a única autoridade é o Juiz de Paz. Isso inviabiliza que um celebrante realize o casamento religioso com efeito civil, pois, dessa forma, a certidão não será emitida no
momento da cerimônia (ela é emitida pelo Cartório dias depois do casamento) e isso poderá ir contra os princípios da religião, que sempre devem ser espeitado.
Em uma cerimônia de noivos da CCB, o celebrante deve ter atenção redobrada para os assuntos voltados para religião, não sendo permitido fazer orações conjuntas (nem mesmo o Pai Nosso) porque não está de acordo com a crença dos membros dessa religião (as orações devem ser espontâneas, inspiradas pelo Espírito Santo) .
Fontes:
Site: https://congregacaocristanobrasil.org.br/institucional/doutrina
ENSINAMENTO DA 70ª ASSEMBLÉIA – 2005 – SÃO PAULO – 23 A 27 DE MARÇO DE 2005
Origem
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus é uma denominação cristã protestante pentecostal (o pentecostalismo é um movimento do Cristianismo evangélico que dá ênfase especial numa experiência direta e pessoal de Deus, através do Batismo no Espírito Santo). A origem mundial da igreja ocorreu no ano de 1906 em Los Angeles, quando um grupo passou a orar em línguas estranhas durante as reuniões de oração. A frente das reuniões estavam os pastores Charles Fox Parham e William Seymour.
No Brasil, tudo começou com a vinda de dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que atenderam a chamada missionária ao receberem uma revelação de Deus acerca do Pará. Porém, ambos não sabiam onde ficava. Ao pesquisarem no mapa, descobriram que se tratava da região norte de nosso país.
Chegaram à terras brasileiras em 19 de novembro de 1910. Em 1914 mais missionários chegam dos Estados Unidos para apoiar o grupo.
Oficialmente, a igreja nasceu em 11 de janeiro de 1918. Data em que Gunnar Vingren registrou o Estatuto da Igreja no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do 1º ofício, em Belém, sob o nome “Estatuto da Sociedade Evangélica Assembleia de Deus”. Com esse registro, a igreja começou a existir legalmente como pessoa jurídica, antes mesmo de sua co-irmã as Assembleias de Deus nos EUA, principal percursora mundial.
Não muito tempo depois, as Assembleias de Deus chegaram aos grandes centros urbanos das regiões Sul e Sudeste, como Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte. Em 1922, chegou ao Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República.
Atualmente, a igreja Assembleia de Deus é a maior representante no mundo do segmento, com mais 22,5 milhões de membros no Brasil e 280 milhões de membros no mundo, sendo então a maior denominação pentecostal, cuja mensagem é: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.
As assembleias estão hoje em todas as camadas da sociedade, inclusive com diversos representantes na esfera política, com parlamentares em todas as esferas de governo e no Congresso Nacional, proprietária de editoras e gravadoras, canais de TV e outros meios de comunicação de massa. Como agente de mudança não somente espiritual, vê-se a igreja agindo em grande escala em trabalhos sociais de grande envergadura e empenhada em mudar a face do nosso país a partir do Evangelho, tendo templos em quase todas as cidades brasileiras.
Sistema organizacional:
Em sua administração, as igrejas atuam em cada lugar sem estarem ligadas a uma instituição nacional. O vínculo é feito por pastores que são filiados à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), com sede no Rio de Janeiro; e em cada Estado os pastores estão ligados à convenções regionais ou a ministérios.
Alguns pontos da doutrina:
– A igreja se posiciona como congregação de fé, serviço e adoração, onde o principal objetivo é proclamar o Evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. E reconhece que as Assembleias de Deus não são as únicas igrejas, e afirmam que Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para Ele.
– A Assembleia de Deus tem a Bíblia como a sua única regra de fé e prática e a reconhecem como autoridade única e infalível quanto a fé e conduta.
– A crença absoluta em um só Deus – eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
– Creem em Jesus Cristo e toda sua trajetória (desde a concepção virginal até a ressurreição); a salvação pela crença no sacrifício de Cristo; o batismo por imersão em água e o batismo pelo Espírito Santo e dos dons espirituais; o serviço fraterno a esperança na segunda vinda do Senhor Jesus.
Curiosidades
Em mais de 100 anos de história, a igreja evangélica Assembleia de Deus, que sempre foi vista como uma igreja rígida, no que tange à regras de comportamento, usos e costumes, têm se tornado mais flexíveis.
Em particular, algumas das igrejas Assembleias de Deus aos poucos vão liberando algumas peças de uso do vestuário feminino e até mesmo o uso de joias (brincos e colares) desde que mantenham determinado pudor.
Praia, cinema e teatro já não são terminantemente proibidos, desde que se desfrute com moderação, conscientes que de tudo Deus pedirá contas.
Quanto aos homens, diminuem as restrições ao uso de barba ou cabelos mais alongados, bem como bermudas e lazer, substituindo-se o rigor da proibição pela recomendação de uma boa imagem pessoal ante a sociedade, nos padrões exigidos por algumas organizações corporativas.
Em questão do mau uso do acesso as mídias, alguns ainda permanecem com a proibição, porém, acabam muitas vezes cedendo pelo fato de grandes líderes denominacionais da Assembleia de Deus possuírem programas televisivos e radiofônicos para pregar a palavra de Deus.
Durante a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, são realizadas votações no que diz respeito aos “usos e costumes” que devem ser oficializados, tornando-se prática obrigatória a todas as igrejas que ostentam o nome “Assembleia de Deus”. O Mensageiro da Paz, publicação oficial da Assembleia de Deus, divulgou as principais orientações da resolução de 1999 da CGAD. Ficou acertado que os membros das igrejas devem se abster de :
– Ter os homens cabelos crescidos, bem como fazer cortes extravagantes;
– As mulheres usarem roupas que são peculiares aos homens e vestimentas indecentes e indecorosas, ou sem modéstias;
– Uso exagerado de pintura e maquiagem – unhas, tatuagens e cabelos; – Corte de cabelo por parte das irmãs (membros ou congregados);
– Sobrancelhas alteradas;
– Uso de cabelos curtos em detrimento da recomendação bíblica
– Mal uso dos meios de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone)
– Uso de bebidas alcoólicas e embriagantes
O Casamento na Assembleia de Deus
Os protocolos de uma cerimônia de casamento na Igreja Assembleia de Deus podem variar muito de igreja para igreja, dependendo principalmente das determinações internas. Porém, normalmente as cerimônias seguem o padrão da maioria das igrejas evangélicas, com cortejo de pais, padrinhos, damas, pajens e noivos . É comum que algumas noivas entrem cantando um hino religioso, mas isso pode variar de acordo com as vontades do casal.
Inicialmente, o pastor irá fazer uma explanação sobre a instituição do casamento, normalmente, se apoiando em passagens bíblicas. Depois, há a entrada das alianças, que são entregues ao pastor para que as abençoe.
Os votos dos noivos podem ser pronunciados de maneira personalizada ou repetidos após o pastor.
Geralmente, a troca de alianças é acompanhada por canções de louvor ou hinos evangélicos. Após a troca de alianças, o pastor abençoa o novo casal e, na sequência, realiza uma oração de término.
Finalmente, é dada a permissão para o beijo dos noivos, sendo que é nesse momento em que o pastor faz o pronunciamento do casal como não mais duas pessoas independentes, mas apenas um.
Bibliografia:
http://www.cpad.com.br/assembleia
http://www.senami.com.br
http://www.assembleia.org.br
DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004;
Os adventistas do sétimo dia, com 21,9 milhões de membros, são uma igreja cristã que surgiu nos Estados Unidos. Sua origem ocorre logo depois do movimento liderado por Guilherme Miller, que ressaltou a necessidade de maior ênfase na pregação sobre a breve volta de Jesus Cristo a esse mundo.
O nome adventista, escolhido em 1836, é uma referência à sua crença no advento, segunda vinda de Jesus, surgiu entre as décadas de 1850 e 1860 concomitantemente nos Estados Unidos e na Europa.
No final da década de 1840, a Igreja Adventista era composta principalmente de grupos dispersos, onde muitos discordavam em certas questões. Mais tarde, o co-fundador James White ajudou a impulsionar uma constituição para as muitas igrejas se unificarem e nomearam a denominação Adventista do Sétimo Dia.
De acordo com o site oficial adventista no Brasil, em nosso país, esta denominação teve um início modesto, composto por homens e mulheres de várias denominações, mas que tinham um ponto em comum: temer a Deus. Passaram então a estudar juntos a Bíblia, e ainda, relatam que neste inicio várias pessoas foram desligadas de suas igrejas de origem porque haviam assumido a nova crença, após um estudo e interpretação mais amplos da Bíblia.
Atualmente, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é um corpo organizacional estabelecido praticamente no mundo todo com ao redor de 12 milhões de membros. A sede sul-americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, responsável pela coordenação administrativa em oito países, registra mais de dois milhões de membros.
Assim como todas as igrejas evangélicas, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem sua fé fundamentada na Bíblia.
Sistema organizacional
Os adventistas do sétimo dia se organizam através de quatro níveis desde o membro individual até a organização mundial:
1. A igreja local, que é um corpo organizado e unido de membros individuais;
2. A Associação ou Missão local, que é um corpo organizado e unido de igrejas de um estado, província ou território;
3. A União, que é um corpo unido de associações, missões ou campos dentro de um território maior.
Exemplo: União Sul-Brasileira – compreende os estados da região Sul do Brasil;
4. A Associação Geral, a maior unidade da organização, que abrange todas as uniões em todas as partes do mundo. As Divisões são seções da Associação Geral, com responsabilidade administrativa a elas atribuída em determinadas áreas geográficas.
Alguns pontos da doutrina:
Os Adventistas do Sétimo Dia seguem uma doutrina chamada as 28 Crenças Fundamentais, que discutem os ensinamentos das “Escrituras Sagradas”. Eles são categorizados como doutrinas de Deus, homem, salvação, igreja, vida cristã e eventos dos dias finais.
Essencialmente, a mensagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia está centralizada em Jesus com a convicção de que a esperança da Igreja é o advento de Cristo, fundamentados na promessa do Senhor “Virei outra vez” para levar Seu povo a um novo lar, atuando como advogado e Sumo Sacerdote para aqueles que o aceitarem como Salvador pessoal, perdoando os pecados num oferecimento de significado especial, sem precedentes, para tornar o povo sadio, santo e feliz.
Os adventistas consideram toda a Bíblia Sagrada ( o Antigo e o Novo Testamento) como segura e única regra de fé e esperança. Suas doutrinas, portanto, seguem integralmente os ensinamentos bíblicos e nela estão fundamentados.
Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade que é imortal, onipotente, onisciente e sempre presente. Ele é infinito e está acima da compreensão humana, é sempre digno de culto, adoração e serviço por parte de toda criação.
Deus concede a todos os membros de Sua Igreja, em todas as épocas, dons espirituais. Estes são outorgados pela atuação do Espírito Santo, o Qual distribui a cada membro como Lhe apraz, os dons provêm de todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela Igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino.
Os adventistas do sétimo dia acreditam que o sábado começa no final do sexto dia, que é considerado sextafeira e dura um dia, que é o sábado. O sábado “protege a amizade do homem com Deus e fornece tempo essencial para o desenvolvimento desse relacionamento”.Por essa razão, no sábado, não pode haver trabalho secular, incluindo quaisquer tarefas domésticas. Os membros são convidados a “cumprir o sábado com a tranquilidade da mente”.
Os cultos são realizados no sábado para a igreja para adoração e comunhão. Outras regras para o sábado incluem evitar casamentos e funerais. No entanto, a igreja permite a procura de cuidados de saúde de emergência no sábado.
Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja.
Toda a humanidade está agora envolvida em um grande conflito entre Cristo e Satanás, quanto ao caráter de Deus, Sua Lei e Sua soberania sobre o Universo. Esse conflito originou-se no Céu quando um ser criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria, tornou-se Satanás, o adversário de Deus e conduziu à rebelião uma parte dos anjos. Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo. Observado por toda a Criação, este mundo tornou-se o palco do conflito universal, dentro do qual será finalmente vindicado o Deus de amor.
Curiosidades
– O nome Adventista do Sétimo Dia foi escolhido no dia 01.10.1860, quando o movimento já era composto de 125 igrejas e 3.500 membros, durante uma reunião de 25 delegados da igreja, em uma cidade do estado de Michigan, Estados Unidos. O nome foi sugerido por um homem chamado David Hewitt, conhecido como o “homem mais honesto” em Battle Creek e todos votaram favoravelmente.
– O movimento religioso que atualmente é conhecido como adventistas do sétimo dia teve o seu início no nordeste dos Estados Unidos, quando o pregador William Miller previu o retorno de Cristo em 22 de outubro de 1844. Por causa de seu erro (chamado de Grande Decepção), seus seguidores se dividiram em vários grupos, incluindo o que se tornaria os modernos adventistas do sétimo dia, que disse que a data estava correta, mas que nessa data, Jesus havia começado a última fase de seu ministério expiatório no “santuário no céu”.
– O nome Adventista do Sétimo Dia reflete as crenças da igreja em três palavras. “Adventista” indica a segurança do breve retorno (advento) de Jesus a esta Terra. “Sétimo Dia” se refere ao Sábado bíblico de descanso que foi graciosamente dado por Deus para a humanidade na criação e observado por Jesus durante a Sua encarnação. Juntos, os dois termos falam do evangelho que é a salvação em Jesus Cristo.
– Com frequência, os adventistas são reconhecidos pelo senso comum, como aqueles que “não trabalham/estudam aos sábados”. Esta conduta é justificada pelos membros da igreja com base de que crêem na promessa de Jesus “Virei outra vez”, e na ordem de Deus que o dia de descanso santificado por Ele é o Sábado, o sétimo dia da semana.
– Entre os primeiros líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia estava Ellen White (1827-1915)., cujos escritos se originaram de seu dom de profecia. Seu livro foi publicado em mais de 165 idiomas. Em 2014, a Smithsonian Magazine nomeou White como um dos 100 americanos mais significativos de todos os tempos.
O CASAMENTO NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
O Casamento foi divinamente estabelecido no Éden e confirmado por Jesus como união vitalícia entre um homem e uma mulher, em amoroso companheirismo. Para o cristão, o compromisso matrimonial é com Deus, bem como com o cônjuge, e só deve ser assumido entre parceiros que partilham da mesma fé. Não será feito o casamento misto, ou seja, de um membro da Igreja Adventista com outro que não seja.
Entende-se por casamento religioso a autorização de Deus para que se concretize a união dos corpos.
Portanto, não se fará o casamento onde seja evidente que está união já tenha ocorrido.
O casamento será realizado pelo pastor da igreja, após os noivos terem feito um curso preparatório e terem sido submetidos a uma entrevista. A cerimônia só poderá ser realizada a partir da manhã de domingo até o meio dia de sexta-feira, em observância a guardar-se o sábado para a adoração a Deus.
O intervalo máximo entre o casamento civil e a cerimônia religiosa não deverá ultrapassar uma semana.
Evidentemente, neste período os noivos continuarão castos.
FONTES
http://www.portaladventista.org
http://www.bibliaonline.com.br
https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/as-28-crencas-fundamentais-da-igreja-adventista-do-setimo-dia/
https://www.maisrelevante.com.br/2019/06/13-normas-importantes-para-o-casamento.html
Origem
O metodismo – foi um movimento e hoje em dia é uma Igreja – surgiu na Inglaterra do século 18 como fruto da reflexão de um grupo de jovens estudantes. Inconformados com a situação de exclusão sócio-econômica de seu país e com os rumos da espiritualidade da Igreja oficial (Anglicana Episcopal) – ostentação e desleixo espiritual – o grupo de amigos, religiosos e bem instruídos, alunos da Universidade de Oxford, começou a questionar a hierarquia eclesiástica na sua atitude de viver voltada para si mesma, sem a capacidade de observar as necessidades dos seres humanos.
Em 1730, surgiu oficialmente o chamado “Clube Santo”, quando João Wesley, seu irmão Carlos, William Morgan e Bob Kirkham começaram a reunir-se em Oxford para estudarem juntos, organizando uma pequena sociedade. Esforçavam-se por levar uma vida de estudos e de espiritualidade disciplinada e regularmente se dedicavam a ensinar os órfãos, visitar os presos, cuidar dos pobres e idosos. Por causa dessa regularidade e pelas suas formas rígidas e “metódicas” de praticar a fé, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do “CLUBE SANTO” dando-lhes o apelido de “METODISTAS”.
Movido pela paixão da fé salvadora, o Movimento Metodista teve um crescimento rápido, tornando-se forte e acabando por separar-se da Igreja Anglicana. Migrou para os Estados Unidos, juntamente com as família inglesas, na época da colonização. Em terras americanas, os metodistas cresceram tanto numericamente, que tornou-se necessário, em 1784, constituir uma Igreja, a denominada Igreja Metodista Episcopal. No Brasil, a Igreja Metodista chegou através de missionários, em meados do século 19.
A força dos metodistas nos Estados Unidos e no Brasil está relacionada ao seu carisma inicial de cuidar das pessoas. O enfoque dado pelos metodistas ao proclamarem a sua fé foi a educação por meio da fundação de Escolas. Daí a implantação, especialmente no Brasil, de Colégios Metodistas (alguns hoje Universidades) simultaneamente à implantação de templos. A Igreja Metodista no Brasil mantém cerca de 51 Instituições de Ensino.
Sistema organizacional
– Concílio Geral (GC): é o órgão superior de unidade da Igreja e suas funções são legislativas, deliberativas e administrativas, composto com até duzentos (200) delegados e delegadas representantes das Regiões Eclesiásticas e Missionárias da Igreja Metodista no Brasil, eleitos/as nos Concílios Regionais.
– Colégio Episcopal (CE): é o órgão responsável pela supervisão da ação missionária e pastoral da Igreja Metodista, assegurando o pleno cumprimento do Plano para a Vida e a Missão, preservando a unidade da Igreja Metodista no que se refere à área Teológica, Pastoral e de Educação Cristã. compõe-se dos Bispos e Bispa eleitos e eleita pelo Concílio Geral e designados/as para as Regiões Eclesiásticas e Missionária.
– Comissão Geral de Constituição e Justiça (CGCJ): compõe-se de um membro de cada Região Eclesiástica e Missionária, garantida a presença de clérigos e leigos, sendo pelo menos três Bacharéis em Direito.
– Associação da Igreja Metodista (AIM): é uma organização religiosa de fins não econômicos, tendo como finalidade de manter e orientar a administração patrimonial e econômica das igrejas locais, igrejas regionais e instituições, à luz do Plano para a Vida e a Missão da Igreja (PVMI).
– Secretaria para Vida e Missão da Igreja Metodista: contempla quatro áreas de atuação da Igreja:
1) Ação Social: responsável pelo desenvolvimento de projetos sociais que confirmem a responsabilidade cristã da Igreja pelo bem-estar integral das pessoas, expressando humanamente o amor de Deus e a fidelidade à Sua Palavra.
2) Ação Administrativa: integra todos os serviços que visam organizar e administrar os recursos materiais e financeiros para a execução dos projetos missionários da Igreja Metodista no Brasil.
3) Educação: A educação secular se integra por meio do Cogeime (Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino); a educação teológica, pela Conet (Coordenação Nacional de Educação Teológica); a educação cristã, pela Conec (Coordenação Nacional de Educação Cristã). A Conapeu (Coordenação Nacional de Pastorais Escolares e Universitárias) é subordinada ao Colégio Episcopal.
4) Ação Missionária: Compreende os serviços de proclamação do Evangelho em todos os níveis da Igreja: nacional, regional, distrital e local.
Alguns pontos da Doutrina
1) Os metodistas aceitam as Sagradas Escrituras, os livros do Antigo e do Novo Testamento como Palavra inspirada por Deus e necessária à salvação.
2) Deus é o fundamento e o Senhor deste Universo. Na Trindade, age sob três formas: Deus Pai, criador e soberano sustentador do Universo; Deus Filho, que se esvaziou para assumir a forma humana e nos conduzir ao Pai e Deus Espírito Santo, nosso consolador que testifica com o nosso espírito que somos Filhos de Deus e nos inspira para a missão.
3) Graça proveniente (ou preventiva), que é a disposição benevolente de Deus para com o ser humano, sua misericórdia a favor do ser humano, abrindo a possibilidade para a salvação É a própria presença de Deus em ação, por sua misericórdia, procurando levar o ser humano ao arrependimento.
4) Livre arbítrio: A graça de Deus não é imposta, o ser humano pode aceitá-la ou rejeitá-la. Quando, então, demonstramos esta boa vontade, a graça passa a operar em nós dando-nos então a possibilidade de praticar as boas obras que de outra forma nos seriam impossíveis. Por isso, os metodistas não aceitam a teoria da predestinação (doutrina segundo a qual algumas pessoas estariam predestinadas à salvação). Os metodistas acreditam que a salvação, pela graça de Deus, está aberta a todas as pessoas.
5) Arrependimento: O arrependimento surge do autoconhecimento e leva a uma transformação real. Consiste no abandono do pecado e no voltar-se para Deus e seu serviço. Portanto, não se trata de mero remorso, mas de uma mudança de atitude. O arrependimento é o primeiro movimento para a salvação.
6) Justificação: Justificação é o perdão de pecados. Sob uma única condição o ser humano pecador é justificado: pela fé em Jesus Cristo. O arrependimento, que antecede a fé, é um profundo sentimento da ausência do bem e a consciência da presença do mal. Só a fé traz o bem.
7) Evangelho social: Espalhar a santidade bíblica por toda terra era um dos lemas de John Wesley. Assim, a doutrina da santificação wesleyana inclui dois movimentos que devem estar integrados: os atos de piedade e os atos de misericórdia. Atos de piedade são os atos que levam ao crescimento espiritual (a leitura bíblica, oração, jejum etc). Atos de misericórdia são os atos em favor do próximo, as ações em favor da promoção da vida e da justiça social. Para Wesley, não há santidade sem a conjugação adequada desses dois aspectos. No entendimento de Wesley “não há santidade que não seja santidade social (…)”.
8) Os sacramentos são dois: O batismo: que é a incorporação da pessoa à comunidade de fé, e a Ceia do Senhor, quando se celebra o amor redentor de Deus e a sua graça capacitadora. Significa comunhão com Deus e a comunidade de fé e compromisso renovado com a missão. Os metodistas entendem que a ceia do Senhor não foi instituída pela Igreja, mas por Jesus Cristo e, por isso, abrem a sua participação a todas as pessoas, de qualquer idade, que se sintam em comunhão com Deus.
O CASAMENTO NA IGREJA METODISTA
O ritual de celebração do casamento realiza-se necessariamente após o cumprimento da Lei Civil do país e após o devido preparo dos noivos, feito pela Igreja, de acordo com os princípios do Evangelho do Reino de Deus, com o objetivo de conscientização acerca do significado cristão do casamento e de suas responsabilidades pessoais e sociais.
Fontes:
https://www.metodista.org.br/historico-metodismo-no-brasil
https://www.metodista.org.br/doutrinas-metodistas
https://metodista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/documentosoficiais/Normativas_para_Celebrac
oes_de_Cerimonias_do_Ritual.pdf
Testemunhas de Jeová é um movimento religioso cristão com mais de 8 milhões de praticantes espalhados pelo mundo. Surgiu por volta de 1870, na Pensilvânia, Estados Unidos, a partir dos ensinamentos de Charles Russel. Embora Charles Russel tenha recebido a educação religiosa de uma família evangélica tradicional, era inconformado com alguns ensinamentos, como a existência do inferno e do castigo eterno.
Por isso, formou um grupo de estudos bíblicos independente, originando um movimento à parte.
Posteriormente, elegeu-se como seu “pastor”, obtendo o apoio de dois adventistas: Geoge Stetson e George Storrs.
Como resultado desses estudos, Russel iniciou a publicação da revista “A Sentinela” e assim o movimento se popularizou. Atualmente, a revista “A Sentinela” é a publicação religiosa de maior circulação no mundo, com tradução para mais de 300 idiomas.
O nome “Testemunhas de Jeová” apoia-se em um trecho bíblico no qual Jeová pede aos fiéis que sejam suas testemunhas e que preguem suas doutrinas. Os seguidores dessa religião acreditam em um Deus único chamado Jeová e são seguidores de seu filho, Jesus Cristo. Acreditam que a Bíblia é a palavra de Deus, tendo-a como base para suas crenças. O Novo Testamento é chamado de Escrituras Gregas Cristãs, e o Velho Testamento, de Escrituras Hebraicas. Consideram os 66 livros que compõem a Bíblia, interpretando-a de forma literal, salvo quando as expressões ou o contexto revelam que o sentido é figurado ou simbólico.”
As Testemunhas de Jeová são conhecidas por seu trabalho de pregação em lugares públicos e de casa em casa. Elas baseiam todas as suas atitudes nos ensinamentos bíblicos e levam esses preceitos e princípios a outras pessoas.
Sistema organizacional
Essa religião conta com um corpo governante, que é composto por homens experientes considerados irmãos de Cristo. Esse grupo é responsável por auxiliar no ensino e na compreensão dos preceitos bíblicos. Em relação aos demais praticantes, não existe hierarquia entre as Testemunhas de Jeová.
Todos os fiéis possuem funções semelhantes, evangelizando de casa em casa e nas ruas. Outra maneira utilizada para propagação das “boas-novas do reino” são as reuniões realizadas semanalmente nos salões do Reino.
O trabalho de divulgação da crença é feito por meio de “contribuições voluntárias”. As Testemunhas não praticam o dízimo e não coletam em reuniões ou em seus lugares de culto. Eles são financiados pelas doações dadas pelos membros se, quando, e como eles desejam contribuir. Dentro da organização, nenhum dinheiro é dado em compensação pelo trabalho de porta em porta. Não há também membros do clero assalariados.
Alguns pontos da doutrina:
Dentre as principais crenças dessa religião estão:
Neutralidade política e militar: as Testemunhas de Jeová não devem se envolver em atos ou grupos políticos, nem militares. Não podem fazer o serviço militar e, quando convocadas, se recusam a participar de conflitos militares. Também não podem celebrar qualquer feriado ou evento de caráter patriótico ou nacionalista, votar em partidos políticos, cantar o hino nacional e saudar a bandeira;
Moralidade sexual: o sexo antes do casamento é terminantemente proibido, é preciso casar para poder ter relações sexuais. Além disso, a masturbação é proibida e condenada, masturbar-se é um ato considerado impuro. A homossexualidade é condenada, assim como a pornografia
Não fazem transfusão de sangue: a partir da interpretação que fazem a Bíblia, os testemunhas de Jeová não aceitam doar e receber o sangue ou componentes como glóbulos vermelhos e brancos, plaquetas e plasma de outras pessoas, por isso esses religiosos não aceitam a realização desse procedimento médico.
São proibidos os brindes e as celebrações ou participação em atividades de qualquer outra religião ou consideradas de origem pagã, como aniversários, Natal, Páscoa, etc.
O fiel é, ainda, desaconselhado a ser próximo de pessoas que não sejam das Testemunhas, usar barba, ser atleta de competição, frequentar o ensino superior, ler textos críticos da religião, praticar artes marciais, divórcio, internet, caça e pesca por esporte e casamento fora da religião.
Curiosidades:
– As Testemunhas de Jeová acreditam que, no Dia do Juízo Final, somente os “eleitos” irão para o Paraíso. Para isso, as crenças das Testemunhas de Jeová são aplicadas a todo o seu modo de vida: relacionamentos, trabalho, saúde e lazer. É preciso seguir os ensinamentos de maneira séria e obedecer às proibições e aqueles que discordam publicamente da doutrina, são expulsos do grupo.
– A Bíblia é a palavra de Deus e é cotidianamente estudada pelos seguidores dessa religião, os estudos bíblicos podem ser feitos individualmente, ou em grupos. Semanalmente são realizadas reuniões congregacionais nos Salões do Reino ou na casa de algum membro da congregação.
– Apesar de acreditarem e serem seguidores de Jesus Cristo, as testemunhas de Jeová não acreditam que ele seja Deus. Jeová é o Deus único, o Criador todo-poderoso. Ele é o Deus de Abraão, Moisés e Jesus.
Diferente de outras correntes cristãs que acreditam na ideia do Deus Trino, composto pelo Pai, Filho e Espírito Santo.
– Para se tornar uma Testemunha de Jeová é preciso estudar por meses ou até mesmo anos e as pessoas só são batizadas depois de expressar com confiança o desejo de fazer parte do grupo. O batismo é realizado pela imersão da pessoa em água.
– As Testemunhas de Jeová acreditam estarem vivendo o fim dos tempos e tomam os eventos modernos e condições como sinais de que o final da sociedade moderna, como é conhecida, está se aproximando. Para provar isto, as Testemunhas de Jeová destacam profecias bíblicas que eles sentem que estão sendo realizadas, cada vez, mais nos últimos 100 anos.
– As Testemunhas de Jeová costumam fazer trabalho voluntário em prol da organização. Eles estão em lugares públicos distribuindo publicações gratuitamente ou fazendo visitas de casa em casa para fazer a pregação.
O CASAMENTO DE TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Casamentos de Testemunhas de Jeová normalmente são ocasiões simples e honrosas, com um breve discurso baseado na Bíblia.
A parte mais importante é o discurso de casamento, que dura cerca de 30 minutos e é feito por um ministro das Testemunhas de Jeová. A palestra positiva e animadora mostra como a Bíblia pode ajudar o casal a construir um casamento sólido, que tenha amor e felicidade.
Em muitos países, o governo autoriza um ministro das Testemunhas de Jeová a realizar o casamento civil. Nesse caso, o casal faz os votos no final do discurso. Eles também podem trocar as alianças. Então, o ministro os declara marido e mulher.
Em outros países, a lei exige que os noivos se casem em uma repartição do governo. O casal faz isso pouco tempo antes do discurso de casamento. Se os votos de casamento não foram feitos na cerimônia civil, o casal pode fazer isso na parte final do discurso. Se a cerimônia civil incluiu os votos, eles talvez decidam repeti-los usando o tempo verbal passado.
O discurso termina com uma oração para pedir que Deus abençoe o casal recém-casado.
Depois da cerimônia, alguns decidem fazer uma reunião social ou recepção, que pode incluir uma refeição.
Fontes:
https://www.significados.com.br/testemunhas-de-jeova/
https://www.paulopes.com.br/2019/05/tjs-proibicoes.html#.ZCdLXHbMJD8
https://top10mais.org/top-10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-as-testemunhas-de-jeova/
Cristã – Evangélica
Líder Espiritual – Jesus
As Igrejas Batistas são um movimento do Cristianismo Evangélico que acredita às crenças da igreja de crentes, incluindo o Novo Nascimento e o Batismo do Crente, cuja Doutrina básica é a salvação mediante a Fé somente; tendo como regra de Fé e prática, a Bíblia Sagrada. E, por princípio, a separação entre Igreja e Estado.
Está distribuída em todo mundo, e não possui hierarquia, tampouco governo único; visto que é princípio da maior parte das igrejas batistas, o governo local da Igreja.
Os Batistas entendem haver duas ordenanças de Jesus Cristo: a Ceia do Senhor e o Batismo. Sendo que este único só é realizado mediante a imersão do indivíduo na água já em idade suficiente para ter consciência do ato e deseja-lo por iniciativa própria.
》Nome:
O termo “Batista” vem da palavra grega “Baptistés”, estando relacionada ao verbo “Baptízo” (batizar, lavar, imergir, mergulhar algo), e à palavra latina Baptista que significa também “o Batizador”.
Por causa dessa compreensão da necessidade de fé pessoal para o batismo, e em conformidade com os exemplos bíblicos, o indivíduo é literalmente mergulhado na água, como era costume na igreja primitiva. Daí se chamar “batismo por imersão”.
Dessa forma, pretende-se simbolizar, com o mergulho, a morte do velho homem carnal e pecador, e o surgimento do novo homem, já com uma nova natureza, espiritual, semelhante à Cristo.
》Cultos:
Nas Igrejas Batistas, o culto faz parte da vida da igreja e inclui: louvor (música cristã), adoração, orações para Deus, um sermão baseado na Bíblia, ofertas e,
periodicamente, a Santa Ceia.
Em muitas igrejas, existem cultos adaptados para crianças, até mesmo para adolescentes. As reuniões de oração também são realizadas durante a semana.
》Organização:
Em termos de organização, a maior parte das igrejas batistas operam no sistema de governo congregacional, ou seja, cada igreja batista local possui autonomia administrativa, regida sob o regime de assembleias de caráter democrático.
Muitas igrejas também são membros de uma denominação nacional e internacional para um relacionamento cooperativo em organizações comuns, missionária, humanitária, bem como escolas e institutos teológicos.
》Casamentos:
Durante a Celebração, o pastor faz um sermão pessoal para os noivos com conselhos para a convivência do casal. A cerimônia é marcada por muitas músicas clássicas que podem ser acompanhadas com o coral da igreja ou por parentes, e até pelos noivos.
Conhecido também como protestante, o casamento na igreja batista tem seus próprios procedimentos.
Assim como todas as religiões, a protestante possui seus requisitos e procedimentos para a realização de um casamento.
Está religião segue os preceitos da Bíblia no livro dos Atos dos Apóstolos. Quem celebração a cerimônia são os pastores e, normalmente, eles não realizam
cerimônias mistas. Isto é, noivo e noiva devem seguir esta mesma religião.
》Preparação:
A cerimônia protestante se inicia muito antes do casamento. O primeiro passo é o encontro entre o pastor, os noivos e seus pais, para que todos se conheçam. O pastor avaliará, neste momento, se o casal possui maturidade suficiente para assumir o compromisso de uma vida matrimonial.
Nestas reuniões, os noivos recebem conselhos e orientações para a futura vida a dois.
O pastor, ao conhecer os noivos, também prepara seu sermão baseado nas conversas e sessões que realizam. Assim, os sermões da igreja batista são sempre baseados na personalidade do casal.
》Casamento entre divorciados:
A Igreja Batista admite o casamento entre divorciados, bastando que haja uma avaliação e acompanhamento para atestar as reais intenções do compromisso.
》Organização:
Não é muito diferente das demais comunidades cristãs, a católica e a evangélica.
Os padrinhos são os primeiros a entrar, em seguida o noivo, e logo a noiva acompanhada do seu pai, ao som da marcha nupcial.
Mas, existe uma diferença: não são permitidas músicas populares de fundo na celebração, para que toda a atenção seja concentrada na bênção de Deus aos noivos. Ainda assim são permitidas músicas clássicas para as entradas.
》Troca de alianças:
É um dos momentos mais marcantes da cerimônia batista e, com certeza, de todas as outras religiões. É a hora em que os noivos proclamam publicamente o desejo de união e do compromisso que assumem perante Deus e suas pessoas queridas.
Neste momento também o pastor declara que as alianças representam um círculo o qual deve durar pela eternidade do casal.
》Bênção final:
Normalmente, o pastor encerra a cerimônia presenteando os noivos com uma Bíblia, com uma dedicatória especial.
》Regras da Igreja Batista:
Os cultos são cristocêntricos, ou seja, têm ênfase no que Cristo quer para o homem.
Durante a semana, são realizadas celebrações diárias com temas específicos: os Cultos de Oração e Estudo, da Vitória, Escola Bíblica Dominical, Tarde da Benção, Ministério de Jovens e Adolescentes.
》Casamentos Homoafetivos:
Uma pastora da Igreja Batista celebrou, pela primeira vez, um casamento homoafetivo em 2021, na cidade de Maceió/AL.
A pastora concedeu a benção entre 2 mulheres em um salão de festas da capital alagoana.
Foi a primeira união homoafetiva realizada por uma mulher.
A bênção religiosa foi vista como um marco, pois a denominação batista é considerada uma das mais tradicionais e conservadoras igrejas evangélicas do
Brasil.
Apesar de outros matrimônios entre pessoas LGBTQI+ já terem sidos realizados por pastores da igreja, este foi o primeiro celebrado por uma mulher.
Em termos de ritos religiosos, o enlace do casal não foi diferente de outras cerimônias. “Todos os casamentos que fazemos seguem o mesmo ritual cristão.
Não existe, na Batista, um ritual específico. Cada celebrante tem autonomia para construir a cerimônia a partir da sua tradição religiosa”, explicou a Pastora Odja Barros.
Visão geral
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é uma religião mundial com mais de 16 milhões de membros centralizada na crença de que todas as pessoas na Terra são filhos ou filhas de um Deus amoroso1 e de que Seu Filho, Jesus Cristo, salvou o mundo do pecado e da morte. Jesus Cristo convida todos os filhos de Deus a se achegarem a Ele, segui-Lo e se tornarem mais semelhantes a Ele.2
A missão da Igreja
A missão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é ajudar todos os filhos de Deus a se achegarem a Jesus Cristo3 por meio do aprendizado de Seu evangelho, de se fazer e cumprir promessas a Deus (convênios) e de se praticar o amor e o serviço cristão.4
Os membros da Igreja acreditam em ajudar as pessoas e as famílias a cumprir os mandamentos de amar a Deus e amar ao próximo.5 E fazem isso ao viver o evangelho de Jesus Cristo,6 cuidar dos necessitados,7 convidar todos a receber o evangelho8 e unir as famílias por meio do trabalho de templo e história da família.9
O casamento dos Santos dos Últimos Dias
O casamento e a família são uma parte importante do plano de Deus para Seus filhos. Ele preparou meios para que as relações do matrimônio não sejam rompidas após a morte física
A importância do casamento e da família
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, às vezes chamados de mórmons, acreditam que o casamento entre um homem e uma mulher é uma parte vital do plano de Deus para Seus filhos. As famílias são também a base da sociedade e da Igreja. Quando um homem e uma mulher se casam, eles propiciam o cenário ideal para o nascimento e a criação dos filhos.
Famílias felizes e saudáveis tornam o mundo um lugar melhor. Embora nenhuma família seja perfeita, o evangelho de Jesus Cristo ensina a importância do apoio mútuo do casal, que devem atuar como parceiros iguais ao criarem os filhos com amor e paciência. Uma das verdades resgatadas com a restauração da Igreja de Cristo é que esses relacionamentos não precisam terminar com a morte. O casamento e as famílias podem ser eternos, e seus vínculos durarem para sempre.
Casamento no templo
O Senhor mostrou o meio para que os relacionamentos familiares possam durar para sempre. Os laços eternos de uma família começam com o casamento no templo do Senhor —que são edifícios dedicados à Deus para a realização de ordenanças sagradas, como o casamento.
Os casais que se unem numa cerimônia no templo fazem um convênio com Deus e prometem, perante Ele, amar e cuidar uns dos outros e seguir Seus mandamentos por toda a vida. O casamento no templo também é chamado de selamento porque une um casal e uma família para sempre. As crianças nascidas de casais que se casaram no templo são automaticamente seladas a seus pais por toda a eternidade.
Para receber essa bênção, marido e mulher têm que guardar o seu convênio e permanecer fiéis um ao outro e a Deus por toda a vida.
Não há restrição para que um membro da Igreja de Cristo case com pessoas que não sigam a mesma religião. No entanto, para se casar no templo, para toda a eternidade, é necessário que o marido e a esposa sejam membros fiéis da Igreja, devido à natureza sagrada desses edifícios e das ordenanças lá realizadas.
Casamento fora do templo
Em alguns países o casamento no templo tem validade legal, o que não exige qualquer outro ato para oficializar o matrimônio. Em outras localidades, como no Brasil, antes da cerimônia no templo é preciso oficializar o casamento de acordo com as leis civis.
Membros que moram muito distantes de templo e que têm dificuldade de acessá-lo, normalmente casam-se primeiro diante das leis terrenas. Esses casais costumam organizar-se para ir ao templo o quanto antes para realizarem posteriormente o selamento para a eternidade.
Da mesma forma, qualquer casal casado fora do templo pode se preparar para o selamento no templo, vivendo os mandamentos de Deus. Seus filhos podem ser selados a eles.
Morte e divórcio
Nem todos os casamentos duram tanto quanto o casal esperava. Alguns terminam cedo com a morte de um parceiro, enquanto outros terminam em divórcio. O divórcio e o novo casamento são permitidos entre os membros da Igreja.
Por que isso é importante?
Compreender como as famílias são importantes para Deus e que elas podem ficar juntas pode proporcionar uma nova perspectiva aos indivíduos e seus familiares. O casamento se foca na construção de uma família alicerçada na fé em Deus. Marido, esposa e filhos trabalham juntos para criar uma família que desejam manter unida para sempre.
Fonte: https://br.aigrejadejesuscristo.org/casamento-dos-santos-dos-ultimos-dias
O que é o hinduísmo:
O Hinduísmo é a religião oficial da Índia e uma das mais antigas tradições religiosas que se encontra registro histórico. É a terceira maior religião do mundo, perdendo em número de seguidores apenas para o cristianismo e o islamismo.
Uma das principais características do Hinduísmo se dá na divisão da sociedade indiana por castas. São grupos sociais hindus, compostos separadamente por brâmanes (sacerdotes), xátrias (guerreiros), vaicias (comerciantes), sudras (operários) e fora da estrutura social ainda existem os párias, também chamados de intocáveis.
O Hinduísmo é mais que uma religião, configura todo um universo cultural indiano, com reflexo direto na sociedade e políticas locais.
Também chamada de Sanatana Dharma, expressão em sânscrito que significa “lei perpétua”.
Om ou Aum é o símbolo do Hinduísmo
O principal símbolo visual do Hinduísmo é o Om ou Aum, o som primordial. Utilizado nas vocalizações, meditações e mantras, é formado por três letras em sânscrito e combinadas fazem o som de om ou aum. O Om representa a divindade da criação, Brahma.
O Hinduísmo não tem um sistema de crenças integrado e nem um único livro sagrado, embora use como referência os vedas, os textos sagrados da tradição védica. A cultura hindu incorpora uma série de costumes e tradições védicas e posteriormente até cristãs, islâmicas, e de outras filosofias orientais, como o budismo.
As práticas e rituais hindus variam de região, mas a maior parte dos seguidores realiza ao menos um ritual diariamente, como o puja, que é a oferenda aos deuses. Entre as práticas hindus está incluído o Yoga, o tantra e a meditação, como formas de harmonizar a energia entre o corpo e a mente. A entonação de mantras faz parte dos rituais, assim como é rotineiro que os hindus façam a veneração na alvorada, os rituais de purificação e as peregrinações a locais sagrados, como o Rio Ganges, na Índia.
Deuses do Hinduísmo
Os deuses do Hinduísmo são representações corporais, os avatares, da divindade suprema Brâman. São centenas de milhares de avatares cultuados pelos hindus, entre os mais conhecidos os seguintes:
• Krishna: uma das principais divindades do hinduísmo é Krishna, a representante das manifestações do Deus Supremo.
• Shiva: é um dos deuses supremos do hinduísmo e considerado o criador do Yoga, é o deus da destruição e regeneração. Faz parte da Trimúrti, uma correlação hindu com a santíssima trindade.
• Brahma: é o deus da criação do universo na crença hindu. Também faz parte da Trimúrti.
• Vishnu: é o deus da preservação, um dos três elementos da trindade da Trimúrti.
• Ganesha: é o deus da fortuna e das riquezas, é filho de Shiva com a esposa Parvati.
Origem do Hinduísmo
A origem do Hinduísmo não é exata, mas sabe-se que começou a se formar a partir das tradições védicas milênios antes do Cristianismo.
Os Vedas são textos sagrados escritos pelo povo ariano, que habitou a região onde hoje é o Irã em 1500 antes de Cristo. É a partir destes costumes védicos que surge o hinduísmo.
As invasões muçulmanas à região, no século XI, fizeram com que o Islã influenciasse a doutrina hindu.
Até que a dominação inglesa na Índia no século XIX também mudou a cultura hindu, fazendo com que houvesse um rompimento entre os costumes mais tradicionais para um novo hinduísmo, mais moderno. Surgem novas escolas, linhas e seitas hindus.
Práticas religiosas, espirituais e filosóficas
O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Essa tradição religiosa teve início com a antiga cultura védica por volta de 3.000 a.C. Atualmente a religião é a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas do Cristianismo edo Islamismo.
Chamada pelos adeptos de Sanatana de Dharma, que significa Eterna Lei em sânscrito, o Hinduísmo agrupa crenças filosofias de vida, tradições culturais e valores. A religião reúne um grande número de adeptos em países como Nepal, Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, Ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trindade e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, mas é na Índia que está a maioria de seus seguidores.
Na Índia, o Hinduísmo é a principal religião, chegando a 80% da população. A crença hindu abrange todo o universo indiano, interferindo em sua forma de organização social e política. Seguindo os preceitos do religião, a estratificação social da Índia está dividia em castas composta por: Brâmanes – sacerdotes e letrados que nasceram da cabeça de Brahma; Xátrias – guerreiros que nasceram dos braços de Brahma; Vaixás – comerciantes que nasceram das pernas de Brahma; Sudras – servos, camponeses, artesãos e operários que nasceram dos pés de Brahma.
Abaixo dessa estrutura social estão os cordeiros que, segundo a tradição hindu, vieram da poeira debaixo do pé de Brahma. Eles são chamados párias, dálit ou intocáveis. São os que não possuem castas.
História do Hinduísmo
O Hinduísmo surgiu a partir das tradições védicas por volta de 3000 a.C. As escrituras sagradas dos Vedas vêm dos povos arianos que habitaram a região do atual Irã. Os escritos dos Vedas estabeleceram um conjunto de crenças que originaram o Hinduísmo Védico, no qual havia o culto aos deuses das tribos. Posteriormente, no momento considerado como segunda fase do hinduísmo ou Hinduísmo Bramânico, passou a se cultuar os deuses Brahma, Vishnu e Shiva.
O símbolo do Hinduísmo é o Om ou Aum, formado por três letras em sânscrito que são o som de om ou au, usado nas meditações e mantras.
Após o surgimento do Islamismo e do Cristianismo, apareceu uma nova vertente do Hinduísmo: o Hinduísmo Híbrido, que foi assim denominado por receber influência de outras religiões. A palavra Hinduísmo vem do vocábulo persa Hindu, nome do rio Indo. A partir do final do século, o termo passou a ser usado para se referir ao conjunto de crenças que abarca a maioria das tradições religiosas, espirituais e culturais da Índia.
Crenças hinduístas
O Hinduísmo possui uma tradição desenvolvida e complexa. Seu sistema de crenças engloba práticas religiosas, espirituais e filosóficas. Os seguidores do Hinduísmo acreditam em reencarnação, em predestinação, confiam em guias espirituais e persistem no sistema de castas.
Os hindus respeitam a tradição, cultuam diversos deuses e usam os textos sagrados dos vedas como referência. Além disso, recorrem às outras escrituras sagradas como: Upanishads, Bhagavad-Guita, Ramayana e Mahabharata.
As divindades cultuadas pelos hindus são as representações corporais do deus supremo, Brâman. Entre a diversidade de deuses adorados pelos hindus, estão:
• Krishna – representa as manifestações do Deus Supremo.
• Shiva – deus da destruição e regeneração.
• Brahma – deus da criação do universo.
• Vishnu – deus da preservação.
• Ganesha – deus da fortuna e das riquezas.
• Matsya – deus que salvou a espécie humana da destruição.
• Sarasvati – deusa das artes e da música.
Os seguidores dessa religião têm liberdade para escolher a prática que deseja seguir entre as crenças existentes. Alguns adeptos adotam dietas vegetarianas, abrem mão de prazeres e bens materiais, mas tudo isso sem obrigações. Cada um escolhe as práticas e as filosofias que mais se identificam.
Os hindus acreditam que ao longo das encarnações os seres humanos têm a o oportunidade de evoluir até chegar a um patamar que os une a Bhahman. De acordo com essa tradição, há caminhos mais rápidos que levam a essa evolução.
Entre as formas adotadas para acelerar o processo de evolução, destacam-se as ideias de ética (dharma), ação e consequência (karma), o ciclo do renascimento (samsara), a libertação (moksha) e os caminho para atingir a libertação (yogas).
Rituais hindus
A maioria dos hindus realizam rituais diários. Altar de adoração em casa, queima de velas, incensos, flores e oferendas para deuses são alguns dos ritos que variam de acordo com a região. Também fazem parte dos rituais dos hindus as práticas de yoga, tantra, meditação e mantras. De acordo com essas crenças religiosas, essas práticas são formas de harmonizar a energia do corpo e da mente.
Além dessas práticas, os seguidores da religião têm o hábito de frequentar templos, nos quais as imagens dos deuses são diariamente despertadas pela manhã, lavadas, vestidas e enfeitadas com flores pelos sacerdotes.
Outros rituais de celebração são a veneração na alvorada, os rituais de purificação, as peregrinações a locais sagrados e o seguintes festivais: Festival das Luzes, Festival das Nove Noites para a deusa Durga, Festival da deusa Shiva e o Festival de Krishna.
Em ocasiões especiais da vida do hindu, alguns rituais específicos são realizados:
Nascimento – A criança recebe um banho ritualístico e a palavra Om, símbolo da religião, é escrita com mel na língua do bebê.
Casamento – O casal anda em volta de um fogo sagrado dando passos que simbolizam cada um dos valores da vida conjugal.
Morte – O filho mais velho do falecido fica responsável por acender a pira aberta onde será realizada a cremação. Após cremado, os restos mortais dos hindus são jogados na água.
Casamento Indiano (Hindu)
O que é um casamento indiano?
O casamento indiano segue alguns costumes cheios de tradições que vão desde roupas com cores vibrantes, até mesmo dias e dias de festa.
Antes de tudo, o casamento indiano é realizado de acordo com a casta dos noivos e a religião deles. Seu costume também está relacionado a uma festa bem colorida repleta de rituais e tradição. Além disso, o casamento indiano tem duração de 3 a 7 dias dependendo da condição financeira das famílias.
SIGNIFICADO DA CASTA DOS NOIVOS
Em primeiro lugar, as castas são consideradas grupos sociais hereditários na Índia e, embora pareça nada tem a ver com riqueza e pobreza e sim, a linhagem sanguínea e importância daquela família. Independentemente se aquela casta tem ou não dinheiro. Sendo assim, as gerações daquelas famílias sempre pertencerão àquela casta, isso não muda.
CERIMÔNIA DE CASAMENTO INDIANO
Uma cerimônia de casamento indiano tradicional é guiada pelas castas sociais, ou seja, quando as castas dos noivos são superiores, a festa de casamento é super luxuosa e contém símbolos temáticos hindus.
A cerimônia é realizada numa espécie de tenda chamada Mandap, que é decorada com flores e tecidos. No momento da cerimônia, os noivos e seus familiares trocam presentes (muitas joias e ouro).
Já nas castas inferiores, o casamento indiano é mais simples e sem muitos preparativos. Há casais que realizam o casamento na rua junto aos amigos, parentes e vizinhos.
QUANTO TEMPO DURA A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO INDIANO?
Geralmente, de 3 a 7 dias. Mas calma, não se assuste! Esse período longo de casamento está relacionado aos cuidados com a noiva e os rituais a serem seguidos.
Os três primeiros dias do casamento indiano são compostos por:
1º DIA: RITUAIS DO PRÉ-CASAMENTO: HALDI, MEHENDI E SANGEET
• Haldi é a cúrcuma e a cerimônia é um banho dessa especiaria que as mulheres da família dão nos noivos.
• Mehendi é a aplicação de henna como tatuagens.
• Sangeet significa música e essa parte da celebração consiste em danças indianas e coreografias onde das famílias se juntam para dançar.
2º DIA: A CERIMÔNIA HINDU NO MANDAP
O segundo dia é considerado o dia oficial do casamento religioso, onde o Pundit (líder religioso) realiza a cerimônia e os rituais com os noivos.
3º DIA: RECEPÇÃO E FESTA
Nesse dia há muita música, muita comida e os noivos recebem os cumprimentos e os presentes dos convidados em um palco. Esse é o momento quando terminam os rituais religiosos e começa a festa e muita alegria.
Os demais dias de festa estão relacionados a diversos tipos de rituais, mas esses três primeiros dias de casamento indiano são tradicionais.
CURIOSIDADE
Você sabia que a tradição indiana não permite tocar músicas com letras nos casamentos? Sim, a playlist aqui deve ser somente instrumental.
A DECORAÇÃO DO CASAMENTO INDIANO
Assim como as roupas dos noivos e convidados, a decoração do casamento indiano, principalmente no altar, segue a mesma proposta, muitos tecidos de seda, muitas flores (que representam a religiosidade) cores fortes como vermelhos, alaranjados, verdes e dourados sempre remetendo à alegria e festividade.
A decoração também é composta por tendas de tecido, toalhas bordadas com detalhes dourados, lamparinas, além das estátuas de Ganesha e Shiva, deuses hindus.
RITUAIS E TRADIÇÕES DE UM CASAMENTO INDIANO
Durante toda a cerimônia de casamento indiano os noivos ficam separados por um pano, que, quando cai, os noivos devem colocar a guirlanda de flores um no outro. Depois, o celebrante profere alguns mantras concluindo o casamento indiano.
TROCA DO COLAR DE FLORES
Como parte da tradição hindu, no casamento indiano, os noivos trocam seus colares de flores que representam as boas-vindas de cada um em suas vidas.
PINTURA DE TATUAGENS DE HENNA NA NOIVA
Uma das principais tradições é que as mulheres passam por um grande processo de beleza que envolve a pintura de tatuagens de henna (mehndi) nas mãos e nos pés.
Esses desenhos são feitos pelas familiares e amigas da noiva e sua pintura leva-se dias para serem feitas. Segundo a tradição indiana, esses desenhos impendem o mau-olhado na noiva e afasta os maus espíritos, livrando a mulher de coisas ruins.
Também faz parte da tradição tatuar o nome do futuro marido em alguma parte escondida do corpo. A ideia é que na noite de núpcias o marido encontre essa tatuagem. Assim como, muitas joias e objetos coloridos são colocados na noiva para enaltecer sua beleza.
SEMENTES DE COMINHO E AÇÚCAR
Depois da troca da guirlanda, o casal mistura sementes de cominho e açúcar e passam no rosto um do outro. Esse ritual representa o amargo do cominho e o doce do açúcar, que simboliza a promessa de força e apoio no casamento na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.
FOGO SAGRADO
Depois, de mãos dadas, os noivos dão sete voltas seguidas ao redor do fogo sagrado recitando seus sete juramentos do casamento indiano. Segundo a tradição, o fogo é a testemunha divina do casamento. Somente depois desse ritual que os noivos são considerados marido e mulher.
BANHO DE SÂNDALO
Para os indianos, o sândalo representa proteção energética, ascensão espiritual e harmonia. Por isso, no dia do casamento indiano, os noivos tomam um banho de sândalo recitando alguns mantras que ajudarão na purificação e limpeza de seus corpos para o matrimônio.
GASTRONOMIA DO CASAMENTO INDIANO
A celebração do casamento indiano costuma ter uma gastronomia farta, em sua maioria, de alimentos vegetarianos. Afinal, as vacas são sagradas na Índia. Mas dependendo do casamento indiano (principalmente quando um dos noivos é estrangeiro), também é possível encontrar outros tipos de carnes como o cordeiro, por exemplo.
AS ROUPAS DOS NOIVOS PARA CASAMENTO INDIANO
VESTIDO DE NOIVA
O vestido de noiva indiano nada tem a ver com o nosso. Ou seja, ele passa bem longe do tradicional branco. Geralmente, é um sári, tecido de pano longo, com aproximadamente 6 metros de comprimento, que é amarrado na cintura. Uma de suas pontas deve ser jogada sob um dos ombros.
Ele é confeccionado com cores e tonalidades fortes como o vermelho e alaranjado. Além do sári, a noiva utiliza diversos adornos como lenços, véus e muitas joias espalhadas pelo corpo.
TRAJE DO NOIVO
Primeiramente, o traje do noivo também não é nada convencional do que estamos acostumados por aqui, pelo contrário. Ele é o sherwani, uma peça típica indiana, geralmente composta por muito brilho e cores chamativas, assim como a roupa da noiva.
O uso do turbante seguindo as mesmas cores também é comum. Ah, e o noivo também carrega consigo uma espada, que simboliza defender sua esposa.
A DECORAÇÃO DO CASAMENTO INDIANO
Assim como as roupas dos noivos e convidados, a decoração do casamento indiano, principalmente no altar, segue a mesma proposta, muitos tecidos de seda, muitas flores (que representam a religiosidade) cores fortes como vermelhos, alaranjados, verdes e dourados sempre remetendo à alegria e festividade.
A decoração também é composta por tendas de tecido, toalhas bordadas com detalhes dourados, lamparinas, além das estátuas de Ganesha e Shiva, deuses hindus.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/hinduismo
https://www.significados.com.br/hinduismo
https://lapisdenoiva.com/casamento-indiano/
Origem
A Igreja Católica Apostólica Ortodoxa foi fruto de um desmembramento da Igreja Católica Apostólica Romana surgida após o Cisma do Oriente em 1054.Trata-se da segunda maior comunidade cristã, reunindo cerca de 250 milhões de fiéis em todo mundo, especialmente no Oriente. A Igreja Ortodoxa surgiu a partir de diferenças teológicas e políticas entre os cristãos do Oriente e do Ocidente que culminaram no Cisma de 1054.Ocidente e Oriente disputavam questões teológicas como a supremacia do Bispo de Roma sobre o clero, a questão da veneração de imagens e a procedência do Espírito Santo. Sem chegarem a um acordo, o Papa Leão IX (1002-1054) e o Patriarca Miguel I Cerulário (1000-1059) se excomungaram mutuamente. A partir de então, o cristianismo passa a se constituir em dois grandes grupos: a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e a Igreja Ortodoxa, com sede em Constantinopla (atual Istambul).O perdão de ambas as partes só aconteceria em 25 de julho de 1967 com a visita do Patriarca Atenágoras I (1886-1972) ao Papa Paulo VI (1897-1978) ao Vaticano. A Igreja Ortodoxa se desenvolveu no Império Bizantino e se espalhou pelos países da Europa Oriental e da Rússia. Atualmente, os cristãos ortodoxos somam cerca de 250 milhões de fiéis em países como Bulgária, Belarus, Grécia, Chipre, Moldávia, Republica da Macedônia, Montenegro, Polônia, Rússia, Romênia, Sérvia, Ucrânia e Estados Unidos.
Preceitos e Características
A Igreja Ortodoxa é uma igreja cristã, considerada, com uma doutrina semelhante à da Igreja Católica, mas que possui uma doutrina mais reta, mais rígida. A ortodoxia é a corrente doutrinal que declara que representa a visão correta, fundada em princípios sistemáticos (metafísicos) e científicos.
Ritos
Seus rituais são constantemente revestidos de pompa e constituem a essência da fé ortodoxa. A parte musical dispensa os instrumentos, expressando-se apenas através dos cantos realizados por corais. A ortodoxia não permite o uso de imagens esculturais na decoração, somente pintura sobre madeira representando os santos, Jesus e sua mãe, Maria. Surgiram nas diversas Igrejas, devido à sua autonomia, as mais variadas cerimônias eclesiásticas, que correspondem mais à diversidade das línguas e das culturas regionais, do que a qualquer discordância doutrinária. Os cinco rituais mais importantes são o bizantino – encontrado na maior parte das Igrejas Ortodoxas -, o alexandrino, o antioquino, o armênio e o caldeu.
Casamento Ortodoxo
O Casamento Ortodoxo é um ritual rígido, que não permite alterações em suas etapas. A Igreja Ortodoxa surgiu de uma dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana e é predominante nos países da Europa Oriental, principalmente entre árabes, gregos, eslavos e russos.
Casamento Grego Ortodoxo
No ritual do casamento ortodoxo, os padres usam paramentos e trajes bizantinos. A cerimônia apresenta riqueza no ritual. A coroação é o ponto máximo da cerimônia e é conhecida como o Rito da Coroação. As coroas são símbolos de glória e honra, com as quais Deus coroa o casal durante o sacramento.
Como Casar na Igreja Ortodoxa?
Para casar-se na Catedral Ortodoxa, é necessário atentar-se a algumas normas. O Ofício de Casamento é dividido em duas partes, anteriormente celebradas separadamente, mas agora celebradas em sucessão imediata: primeiro o Ofício de Noivado e depois o Ofício de Coroação, que se constitui no próprio Sacramento.
Casamento Grego
A religião predominante na Grécia é a Ortodoxa Grega e a grande maioria dos casamentos ainda segue a tradição de cerimônia religiosa na igreja, seguida de uma festa que ocorre na casa de algum familiar, normalmente acontece ao ar livre. Do lado de fora da igreja, existe o cortejo dos carros dos noivos.
Fonte:
O que e um casamento ortodoxo? – Conselhos Rápidos
Igreja Ortodoxa – InfoEscola
Igreja Ortodoxa: origem, características e diferenças – Toda Matéria (todamateria.com.br)
Todo o assunto do matrimônio no Islam gira em torno do amor, da compaixão, da benevolência, da compreensão e do companheirismo mútuos. Quando os casais entrarem no lar marital, que o homem e a mulher deixem seus egos na entrada. A palavra “marital”, com mínimas alterações, se torna “marcial”!
E Allah é o Protetor, Aquele que Concede o Sucesso (Wa’Llahu wali al-tawfiq)
Os 7 princípios do casamento Islâmico:
1. O casamento (nikah), o compartilhamento da vida entre um homem e uma mulher, é um ato recomendado e louvado no Islam, virtuoso e honrado. Era a maneira dos profetas e mensageiros de Deus, com a notável exceção de Jesus Cristo, que a paz esteja com ele. O Alcorão diz: وَلَقَدْ أَرْسَلْنَا رُسُلاً مِنْ قَبْلِكَ وَجَعَلْنَا لَهُمْ أَزْوَاجًا وَذُرِّيَّةً – E, com efeito, enviamos Mensageiros, antes de ti, e fizemos para eles mulheres e descendência. [13:38]
2. O Alcorão descreve o casamento como مِيثَاقًا غَلِيظًا – uma sólida aliança [4:21]. Dada a natureza sagrada e solene do casamento, não devemos nos casar apressadamente ou sem antes buscarmos aconselhamento. Pelo contrário, devemos nos casar honrosamente, com reverência e sobriedade – e confiantes em Deus.
3. Devemos contemplar os motivos para nos casar antes de embarcarmos nessa busca pela intimidade. A literatura jurídica islâmica diz que as causas pelas quais o casamento foi ordenado são as seguintes: [I] Para que os instintos de amor e intimidade implantados por Deus possam ser expressados com bênção. [II] Para que a humanidade cresça e para que as crianças sejam educadas com a recordação de Deus e com gratidão e reverência a Ele. [III] Para o benefício da sociedade como um todo: pois a família é o sustentáculo da sociedade justa e responsável – é o círculo onde o amor, o dever, o compromisso e o sacrífico são conhecidos e praticados pela primeira vez.
Repetindo o que foi dito acima na linguagem mais técnica dos antropólogos de hoje, a função do casamento é garantir: [I] a reprodução social, [II] a socialização dos filhos e [III] o legado do capital social.
4. Sobre o objetivo maior do casamento, o espírito dele, o Alcorão diz: وَمِنْ آيَاتِهِ أَنْ خَلَقَ لَكُمْ مِنْ أَنفُسِكُمْ أَزْوَاجًا لِتَسْكُنُوا إِلَيْهَا وَجَعَلَ بَيْنَكُمْ مَوَدَّةً وَرَحْمَةً إِنَّ فِي ذَلِكَ لآياتٍ لِقَوْمٍ يَتَفَكَّرُونَ – E, dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós, mulheres, de vós mesmos, para vos tranquilizardes junto delas, e fez, entre vós, afeição e misericórdia. Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete. [30:21] Portanto, que os casais busquem ser companheiros amorosos na jornada sagrada.
5. O Alcorão demonstra que a vida no casamento deve ser uma vida de benevolência e companheirismo. Se dirigindo primariamente aos homens, ele diz: وَعَاشِرُوهُنَّ بِالْمَعْرُوفِ – E convivei com elas, com benevolência. [4:19] E prossegue: وَآتُوهُنَّ أُجُورَهُنَّ بِالْمَعْرُوفِ – E concedei-lhes seu dote com benevolência. [4:25] E, se for o caso: فَإمْسَاكٌ بِمَعْرُوفٍ أَوْ تَسْرِيحٌ بِإِحْسَانٍ – Então, ou reter a mulher, honradamente, ou libertá-la, com benevolência. [2:229]. Allah também admoesta os homens: أَسْكِنُوهُنَّ مِنْ حَيْثُ سَكَنتُمْ مِنْ وُجْدِكُمْ وَلاَ تُضَارُّوهُنَّ لِتُضَيِّقُوا عَلَيْهِنَّ – Fazei-as habitar onde habitais, conforme vossos recursos, e não as prejudiqueis, para não constrangê-las. [65:6]
Assim, tudo o que diz respeito ao matrimônio, seja casamento ou divórcio, deve estar baseado na benevolência. O sinal do verdadeiro homem muçulmano não é nada menos do que isso. Todo o resto não se aproxima de masculinidade no sentido real da palavra.
6. Quanto ao papel da mulher muçulmana no cultivo da harmonia no casamento, Allah diz: فَالصَّالِحَاتُ قَانِتَاتٌ حَافِظَاتٌ لِلْغَيْبِ بِمَا حَفِظَ اللَّه – Então, as íntegras são devotas, custódias [da honra,] na ausência [dos maridos,] pelo que Allah as custodiou. [4:34]
7. O Alcorão ilustra como os casais devem se tratar entre si com esta analogia bela e íntima: هُنَّ لِبَاسٌ لَكُمْ وَأَنْتُمْ لِبَاسٌ لَهُنَّ – Elas são para vós vestimentas, e vós sois para elas vestimentas. [2:187]
O casamento islâmico depende do consentimento dos noivos e, em alguns casos, do guardião da mulher também.
Os noivos devem ser maduros física e psicologicamente, não podem ser do mesmo sexo e não podem ter grau de parentesco, a menos que sejam primos.
O homem precisa, necessariamente, ser muçulmano, mas a mulher pode seguir o Islam, o judaísmo ou o cristianismo.
A cerimônia consiste na assinatura de um contrato que oficializa a união publicamente, podendo haver outras práticas culturais em seguida.
No Islam, o casamento não é um sacramento ou um status, mas sim um contrato que é conhecido pelo nome de nikkah. Esse contrato, que pode ser feito de maneira oral, mas geralmente é feito em papel assinado, é uma forma de garantir os direitos de ambas as partes envolvidas dentro de um matrimônio.
O casamento precisa ter uma proposta formal. Ambas as partes devem ter o direito de aceitar ou recusar a proposta e é proibido forçá-los a tal. Ninguém pode herdar o marido ou a esposa de alguém, dar dinheiro aos pais de uma pessoa para se casar com ela ou contrair matrimônio temporário somente para garantir o seu prazer sexual.
O matrimônio é o pilar da família islâmica e, mesmo se um casal for pobre, eles devem se casar, pois é uma forma de se protegerem da imoralidade e a única forma legítima de se ter relações sexuais.
Condições
A proposta do casamento geralmente é feita pelo homem, mas não há proibição de que a mulher também o faça. Quando ele faz a proposta, ela precisa aceitar formalmente, mas caso seja muito tímida para isso, ela pode conceder através do silêncio. Se ela não for virgem ou não tiver o pai ou avô paterno como guardião, não poderá deixar de falar a sua vontade.
No casamento, os juristas sunitas normalmente assumem a posição de que a mulher precisa de um wali, ou seja, um guardião responsável por assegurar que os direitos da noiva serão resguardados no contrato nupcial. Normalmente é o pai dela, mas quando não há disponibilidade dele, pode ser um avô paterno ou outra pessoa capaz de representá-la.
Não é permitido dar nenhum presente ao guardião para que ele autorize o casamento, a noiva não pode ser comprada. Pelo contrário, o presente deve ser dado diretamente para a mulher como uma forma de dote (mahr) e, uma vez que é dado, o homem não pode ter mais acesso ao que deu, pois isso se torna uma espécie de seguro para a esposa.
Não há uma regra específica sobre o que deve ser dado como dote, mas precisa ter um valor monetário, ou seja, não pode ser algo puramente simbólico. Seu valor mínimo é de 10 dirhams, o que significa 30,618g de prata. Mas para quem possui melhores condições, recomenda-se seguir a sunnah do Profeta Muhammad que fixa a quantia em 1530,9g de prata, exatamente o mesmo valor que o Mensageiro de Allah deu para as suas esposas.
Cerimônia
Se há consentimento da esposa e de seu guardião e se as condições do contrato nupcial forem aceitas, as partes envolvidas devem assiná-lo na cerimônia de casamento. Então, depois disso, a união é oficializada publicamente e, em seguida, o imam pode fazer um discurso para orientar o casal.
O que se segue depois depende de práticas culturais, podendo haver festas, recepções aos noivos, comemorações. Nada disso é proibido, desde que não viole as normas da sharia.
REFERÊNCIAS
https://iqaraislam.com/principios-casamento-islamico
https://thehumblei.com/2018/08/13/7-principles-of-sacred-marriage-in-islam/
https://iqaraislam.com/casamento-no-islam-como-e-e-quais-so-os-principios
O Candomblé é uma religião monoteísta que acredita na existência da alma e na vida após a morte.
A palavra “candomblé” significa “dança” ou “dança com atabaques” e cultua os orixás, normalmente reverenciados por meio de danças, cantos e oferendas.
Diferenças entre o Candomblé e a Umbanda
Candomblé
Hierarquia forte
5000 anos de existência
Realiza sacrifícios de animais em cerimônias específicas
Há incorporação somente de entidades, mas o orixá não fala, não dá consulta, só dá o axé (benção). Somente o pai e/ou mãe de santo dão conselhos e consultas através do Ifá, dos búzios.
Ser pai e/ou mãe de santo é equivalente ao sacerdócio católico. Por isso, é difícil para eles terem uma vida comum, pois há uma série de restrições alimentares, de vestimentas e de atitudes.
Para se sustentarem, a casas de candomblé cobram por trabalhos realizados.
Umbanda
A hierarquia não é tão rígida
Fundada no século XX
Não realiza sacrifícios de animais
Tem incorporação de entidades encarnadas, ou seja: de espíritos que já viveram na terra. Esses dão consultas e conselhos diretamente ao cliente. Não há incorporação do orixá.
O sacerdote não precisa se dedicar exclusivamente a Umbanda
Não cobra pelos serviços
História do Candomblé no Brasil
O Candomblé é a prática das crenças africanas trazidas para o Brasil pelas pessoas escravizadas. Portanto, não é uma religião africana e sim afro-brasileira.
Por isso, a história do Candomblé se mistura com a do Catolicismo. Proibidos de continuar com sua religião, os escravos usavam as imagens dos santos para escapar da censura imposta pela Igreja.
Isto explica o sincretismo encontrado no Candomblé no Brasil, algo que não se verifica na África.
Nos dias de hoje, porém, muitas casas de candomblé não aceitam o sincretismo e buscam retornar às origens africanas. Igualmente, na versão brasileira, temos uma mistura de orixás de várias regiões do continente africano.
RITUAL DE CASAMENTO NO CANDOMBLÉ
No casamento no candomblé, em que todos vestem branco e só os noivos usam sapatos, a benção é dada pelos orixás. O ‘sim’ precisa vir primeiro deles para depois serem ditos pelos noivos. O juramento de amor eterno é feito ao comer o fruto sagrado na religião e a troca de alianças é coadjuvante numa cerimônia repleta de significados
Nos preparativos para a cerimônia, quem passa os olhos procurando uma noiva se perde entre tantas mulheres de branco. Todas vestem a mesma cor e trabalham os detalhes com lenços e acessórios coloridos, mas não tem erro se olhar as mãos. Quem vai casar entra de buquê até mesmo no Candomblé. Já o noivo, deixa de lado o terno escuro e também veste branco.
O fruto sagrado da religião, o ‘obi’, que sela o futuro do casal. É diante dele que é feito compromisso de amor um ao outro.
Dividido em quatro gomos, quando jogado, o obi precisa voltar todas as partes para cima, sinal de que o casamento é da vontade dos orixás.
Sob um tapete vermelho que corta o salão e chega até o altar, passam, primeiro o noivo, seguido dos padrinhos, para então, entrar a noiva. A noiva é conduzida pelo pai. As notas repetidas que anunciam a marcha nupcial são substituídas pelas batidas do atabaque, que no ritmo das palmas dos padrinhos, convidados e filhos da casa, embalam o Ijexá, o toque de Oxum, considerado o orixá da fertilidade, maternidade e que zela pelos sentimentos.
O significado do toque é tão forte que mesmo quem não conhece nada no Candomblé, sabe que a música, equivale a emoção de se ouvir a marcha nupcial. Os olhos se voltam para a noiva, como em toda e qualquer cerimônia, ela é entregue ao noivo no altar para que as bênçãos comecem.
O matrimônio é realizado por um dos sacerdotes que real o ‘babalorixá’ da casa. Ele começa como um sermão, dizendo que eles estão ali hoje para selar a união através dos orixás. “O rito do casamento existe como em qualquer outra religião”, diz ao explicar a autonomia que o terreiro tem para os enlaces.
“O matrimônio é viver a vida juntos, saber respeitar as diferenças, que se somarão até os noivos atingirem a cumplicidade. O amor é construído como uma casa, tijolo, acima de tijolo
Nas mãos, o ‘obi’, fruto sagrado da religião, formado por quatro gomos. A consulta aos orixás é feita ao dividir os gomos e jogar diante dos noivos. É como se abrisse a margem para que, se alguém tiver algo a dizer, fale agora ou cale-se para sempre, das cerimônias tradicionais.
Alianças são coroas de Obará. Na religião, o enlace é demonstrado por elas, que são colocadas pelos padrinhos de casamento.
No entanto, os únicos que podem se pronunciar são eles. Se as quatro partes caírem para cima, ‘aláfia’ é dito em coro, sinal de que os orixás abençoam e recebem a união do casal como algo escrito para acontecer. “Aláfia. Está entregue, aceito e que assim seja a vida de vocês”, profetiza o babalorixá Lucas. E novamente outro cântico é puxado pelos presentes no batuque do atabaque.
Feita a vontade dos orixás, é a vez dos noivos dizerem ‘sim’, através do mesmo fruto. Como sinal do amor e da fidelidade, eles selam o compromisso de amar um ao outro na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, mastigando as sementes.
“É pela vontade de cada um de vocês que estão aqui hoje?” pergunta o sacerdote. A resposta é sim e ele então segue a explicar o juramento. “Isso requer sabedoria e honestidade. É sua jura ao mastigar o obi e vale mais que milhões de contratos”.
Os noivos trocam os obis e mastigam juntos. Momento em que se aproximam os padrinhos para o enlace, simbolizado pelas coroas de Obará, a aliança, convenção do mundo porta afora do terreiro, ali equivale às coroas. A dele, coberta por folhas de louro, significa o ciclo da vida e da prosperidade, já a dela, reprodução e fertilidade. O enlace é feito pelos padrinhos, perante o sacerdote e toda comunidade.
Antes do ‘pode beijar a noiva’, eles trocam as alianças, ritual dos matrimônios tradicionais. “Eu agradeço aos orixás por colocarem você na minha vida. Através de você comece nova caminhada”. Estas são as palavras de um voto matrimonial. A cerimônia se encerra com a chuva de arroz, sob os cânticos que desejam felicidade absoluta ao casal. Assim declarados, marido e mulher.
Enfim, casada, a noiva joga o buquê para as solteiras da festa. No Candomblé, os homens também entram na briga pelo buquê.
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Pesquisado: por Mirian Brizard